Por Marília Duarte“Eu te encontrei, ou você deveria me encontrar?” pergunta a personagem de Emma Stone, Annie. E essa pergunta é um tema recorrente na narrativa durante os 10 episódios de Maniac. Criada pelo cineasta Cary Joji Fukunaga e pelo roteirista Patrick Sommerville, Maniac é uma mistura de sci-fi com um cinema mais surrealista e o desenvolvimento da narrativa da série juntamente com seu design de produção conseguem transmitir uma atmosfera um tanto quanto onírica . A ambientação que nos mostra uma Nova York num futuro meio anacrônico, onde a tecnologia utilizada é inspirada nos anos 80 e 90, é uma das principais chaves para tornar a estória surreal. Os protagonistas Annie (Emma Stone) e Owen (Jonah Hill) sempre parecem estar revivendo uma versão do mundo real e com isso, eles sempre parecem estar descobrindo a si mesmos e trazendo maneiras de se reencontrarem em suas experiências oníricas. Em cada sonho de Annie e Owen somos convidados a mergulhar em diversas histórias como se fossem narrativas de filmes de diferentes gêneros: da comédia de assalto ao noir, passando pela fantasia como uma sátira a O Senhor dos Anéis. Nas narrativas dos sonhos, Annie e Owen se aproximam cada vez mais para que no mundo real, eles consigam entender que precisam um do outro, não como um casal romântico, mas sim, como apenas duas pessoas que se encontraram nesse mundo caótico e solitário. O caminho para a felicidade é muitas vezes caótico, mas isso não significa que desistimos da esperança de alcançá-lo em alguma medida. Tanto a história quanto o desenvolvimento de Maniac parecem ecoar esse sentimento. |
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March 2022
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