Por Marília DuarteA Filha Perdida (The Lost Daughter) é uma estreia impressionante da atriz Maggie Gyllenhaal na direção. Seu trabalho no roteiro e direção adaptando o livro da escritora Elena Ferrante, aos poucos vai desnudando as camadas de sua narrativa e as complexidades de suas personagens. A câmera está muitas vezes a centímetros de seus rostos e ainda assim eles são personagens imprevisíveis. O filme é um drama psicológico fascinante que nunca se contenta com atalhos ou respostas fáceis.
Olivia Colman interpreta Leda, uma professora de literatura comparada que, durante as férias em uma cidade litorânea da Grécia, se depara com uma família intensa e barulhenta e a partir daí várias lembranças de sua juventude retornam à tona. A colisão de mundos entre o acadêmico e a família rude leva a emoções incontroláveis. No entanto, um vínculo se desenvolve entre Leda e Nina (Dakota Johnson), que tem uma filha pequena e um marido possessivo (Oliver Jackson-Cohen).
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Por Marília DuarteAtaque dos Cães (The Power of the Dog) é o tipo de filme que é melhor experimentado quando você tem muito pouca informação sobre a história. Ele vai crescendo à medida que a narrativa se avança e seu clímax é arrebatador de tão bom.
No centro da história está o fazendeiro Phil Burbank (Benedict Cumberbatch) que vive em Montana com seu irmão George (Jesse Plemons). Imediatamente é evidente que esses dois têm personalidades muito diferentes. Phil é dominante, grosseiro e brutal, enquanto George é uma alma gentil e sensível. Os dois são próximos, chegam a dormir na mesma cama na casa do rancho, mas o vínculo é desfeito após um encontro com uma viúva, Rose (Kirsten Dunst), dona de um restaurante que os fazendeiros visitam um dia, e o filho dela Peter (Kodi Smit-McPhee). Há uma tensão imediata entre Phil e Peter, que muitas vezes ajuda sua mãe no restaurante, começando com Phil insultando as flores de papel de Peter que o levam às lágrimas. Como o destino quis, George se apaixona por Rose e os dois se casam. Enquanto Peter está estudando em outra cidade e George está em viagens de negócios, é Rose quem tem que suportar o peso das provocações e brutalidade de Phil. Por Marília DuarteO cinema tem sido, por muito tempo, um meio de refletir sobre a mortalidade da vida humana. E é no cinema independente que se encontram histórias diversas que utilizam abordagens menos convencionais para tratarem desse tema. Atlantique, o trabalho de estreia da diretora Mati Diop, traz uma narrativa singular sobre amor, perda e injustiças que se desenvolve como um romance e uma história de fantasma. Seu espírito romântico nunca desaparece e sua forma poética de contar uma história percorre durante seus 106 minutos de tela.
Por Marília DuarteA passagem do ensino médio para a faculdade é uma narrativa comum em Hollywood, mas nenhum filme analisou esse tema típico do gênero coming of age movies como Fora de Série (Booksmart) fez. Na véspera da formatura da escola, Amy (Kaitlyn Dever) e Molly (Beanie Feldstein) estão se sentindo muito felizes e orgulhosas. Por anos evitaram festas em troca de madrugadas na biblioteca e isso garantiram a cada uma delas um lugar na universidade de sua escolha. O futuro parece brilhante para elas após a realização desse sonho. Até Molly descobrir que mesmo a galera mais descolada que não perdia nenhuma festa e aqueles que passaram a adolescência aparentemente se divertindo também entraram nas melhores universidades. Ao constatar isso tudo, Molly e Amy percebem que sacrificaram suas vidas sociais por nada. A partir daí, as duas se lançam em aventuras bem doidas durante uma noite para compensar tudo o que perderam. Por Marília Duarte Rafiki é o segundo longa-metragem da cineasta queniana Wanuri Kahiu e conta a história de duas jovens que se apaixonam em um país onde o amor homoafetivo, dentro e fora da tela, é ilegal. Cheio de cores e de um otimismo apaixonado, Rafiki se destaca entre muitas outras histórias sobre as lutas dos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo como uma história extraordinariamente sincera de esperança e amor.
Por Marília Duarte2017 foi um ano recheado de novas produções televisivas e muitas delas se destacaram por sua qualidade narrativa, estilo e principalmente pelos temas abordados. Outro aspecto que destaco foi a presença de mulheres incríveis envolvidas nessas produções, seja protagonizando estas histórias ou por trás das câmeras, comandando episódios magníficos. |
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February 2022
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