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Revisitando Filmes | Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (1992)

10/16/2019

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Por Marília Duarte

Twin Peaks é minha série favorita e só descobri essa preciosidade da tv depois de me introduzir ao universo de David Lynch com o filme Veludo Azul quase 30 depois de seu lançamento. As duas temporadas originais de Twin Peaks nos leva em uma jornada surreal durante a investigação que o Agente Especial Dale Cooper (Kyle MacLachlan), faz sobre o assassinato da jovem Laura Palmer (Sheryl Lee). Em Fire Walk With Me (traduzido como Os Últimos Dias de Laura Palmer) somos convidados para outra jornada com o objetivo de acompanhar os momentos finais da vida de Laura. De início, é comum estranhar a primeira meia-hora do filme, que é focada na investigação da morte da jovem Teresa Banks (Pamela Gidley). O diretor regional do FBI Gordon Cole (David Lynch) envia os agentes Chester Desmond (Chris Isaak) e Sam Stanley (Kiefer Sutherland) para investigar o caso, que mais tarde veremos ter ligação com a morte de Laura Palmer.

A arte de David Lynch na maioria das vezes gira em um desejo de contar histórias sobre mulheres, que são histórias que se entrelaçam com a consciência da podridão patriarcal e misógina que construiu a sociedade norte-americana. Lynch apresenta arquétipos bem estabelecidos como a donzela loira em perigo, o agente do FBI disposto a solucionar um caso incansavelmente e os homens que sentem prazer em violentar mulheres. Lynch também sempre nos mostra cenários onde há lanchonetes, letreiros de néon, árvores e mistérios de cidade pequena. 

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Revisitando Filmes | Charada (1963)

1/27/2019

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Por Marília Duarte

Texto publicado originalmente em 16 de dezembro de 2016

Desde que criei essa coluna, eu já tinha o interesse de rever algum filme estrelado pela Audrey Hepburn e escrever um texto sobre. Para mim Audrey é uma das maiores atrizes do cinema e merece ter sua brilhante carreira conhecida por todos. A maioria das pessoas a conhecem apenas por Bonequinha de Luxo (aliás um dos meus filmes favoritos), porém justamente por esse motivo decidi rever uma obra não tão badalada dentro de sua filmografia para escrever essa quarta edição da coluna.

A primeira vez que assisti Charada foi há pouco mais de 4 anos e já tinha achado um filme tão atemporal, interessante e divertido. Vendo novamente, consegui me encantar mais ainda por ele, mesmo já sabendo de suas reviravoltas, que continuam trazendo sempre algo a mais a cada vez que você assiste ao filme. Mas o que mais torna Charada um filme tão notável é sua dupla protagonista: Audrey Hepburn e Cary Grant. Aliás, este foi o único filme em que os dois contracenaram juntos, isso porque Cary Grant sempre se preocupou com a diferença de idade que poderia aparentar entre os dois. Antes desse filme, eles tiveram a oportunidade de trabalharem juntos em Sabrina, mas Grant decidiu deixar o projeto, já que Audrey conseguia interpretar um papel mais jovem, entretanto, quem substituiu ele foi Humprhey Bogart, que era muito mais velho que Grant. Mas felizmente, ao ler o roteiro de Charada, ele topou filmar e conseguiu uma química maravilhosa com Audrey em cena. Há relatos de que existia um grande respeito e carinho entre os dois e com certeza isso só fez engrandecer o brilho dessa dupla em seus respectivos personagens.

​Audrey interpreta Regina Lampert, carinhosamente chamada de Reggie, uma mulher que ao voltar das férias na Suíça e decidida a pedir o divórcio ao marido, descobre que ficou viúva (o marido foi assassinado e jogado de um trem) e que deveria herdar uma quantia de 250.000 dólares, o dinheiro que move toda a trama do filme. Após o funeral, ela descobre que seu falecido marido estava envolvido em transações criminosas e que este dinheiro deveria ser devolvido ao governo americano. Contudo, um grupo de 3 perigosos homens que conheciam o morto desde a época da 2ª Guerra Mundial, começa a caçar esse dinheiro e pôr em risco a vida de Reggie. Para conseguir proteção, ela passa a confiar (e a se apaixonar aos poucos) pelo charmoso Peter Joshua (Cary Grant), um misterioso homem que entrou em sua vida desde seu último dia de férias na Suíça.


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Revisitando Filmes | Princesa Mononoke (1997)

1/24/2019

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Por Marília Duarte

Texto publicado originalmente em setembro de 2016

​Há mais ou menos 1 ano criei esta coluna com o objetivo de escolher filmes para rever e posteriormente analisá-los sob uma ótica nova e trazer para vocês leitores, um texto carinhoso sobre diversas obras das mais variadas épocas. Por isso escolhi filmes não tão vistos pelo grande público, justamente para despertar o interesse daqueles que ainda não assistiram a essas obras. O primeiro texto dessa coluna foi A Rosa Púrpura do Cairo de Woody Allen e o segundo foi sobre Festim Diabólico do mestre Hitchcock, ambos filmes de diretores famosos, mas que se comparados com outros dirigidos por eles, não são tão conhecidos e badalados. Depois a coluna entrou num grande hiato devido a uma imensa falta de tempo. Mas, há algumas semanas decidi que a coluna deveria voltar, e, mesmo com uma vida atribulada, vi que esse projeto tão especial para mim não deveria morrer.

Então, ao rever o belíssimo Princesa Mononoke do diretor Hayao Miyazaki, vi que com este filme seria a oportunidade certa de trazer a coluna de volta. Eu sou uma fã apaixonada por Miyazaki e por toda a sua filmografia e a história do Studio Ghibli (que pra mim é o melhor estúdio de animação do mundo!). Sua sensibilidade ao criar personagens e histórias magníficas é um dos pontos fortes quando estamos assistindo suas obras e com Princesa Mononoke, essa percepção é aumentada à infinitésima potência. Digo isso, porque é o filme mais denso e maduro do diretor, onde ele consegue tratar temas tão delicados sob um viés fantástico, mas que nunca deixa de ser tão realista.
Lançado em 1997 (ano em que eu ainda não fazia ideia de quem era Miyazaki), Princesa Mononoke ganhou grande visibilidade uma vez que foi distribuído pela Miramax no mercado norte-americano e teve como dubladores vários atores famosos de Hollywood. Não sei como foi o trabalho da dublagem americana (e da brasileira também), mas as animações japonesas sempre são mais especiais para mim quando vistas na sua língua original porque possuo um carinho enorme pelo idioma e quem sabe um dia eu aprenda a falar japonês fluentemente.


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Revisitando Filmes | Festim Diabólico (1948)

1/19/2019

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Por Marília Duarte

Entre as muitas grandes obras-primas que Alfred Hitchcock fez durante sua vida, Festim Diabólico é um dos filmes mais peculiares dele e o primeiro filme em Technicolor de sua carreira. Foi um filme totalmente experimental para Hitchcock e por isso é uma das obras mais originais da época. O filme é baseado em uma peça encenada pela primeira vez em 1929. E para filmar essa adaptação, Hitchcock decidiu fazer o longa simulando um plano-sequência. 

​Na verdade, Festim Diabólico foi rodado em uma série de longos planos-sequências inteligentemente reunidos para nos dar a sensação de estarmos assistindo um único plano. Como na época os rolos de filmes tinham duração máxima de cerca de 10 minutos, Hitchcock utilizou dessa fascinante artimanha para dar originalidade à sua obra. As transições são sutilmente feitas por cortes quando o elenco está fora de quadro ou quando a câmera se move por trás de alguém ou de algum objeto. O truque funciona surpreendentemente bem. Dentro das limitações, Hitchcock consegue mover sua câmera com uma fluidez surpreendente para aumentar a tensão.

A história começa com um assassinato praticado pelos universitários Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger). Ambos matam o seu colega David (Dick Hogan) estrangulando-o com uma corda. Os dois possuem a crença derivada da noção filosófica de que há algumas pessoas detentoras de uma superioridade em que a moral não se aplica. Essas ideias eles conheceram através dos escritos de seu professor, um autor chamado Rupert Cadell (James Stewart). Após assassinar seu amigo, Brandon e Phillip decidem se divertir para provarem que é possível cometer um crime perfeito, convidando familiares e amigos de David para uma festa, onde a comida é servida em cima do baú que esconde o corpo do falecido. Um dos convidados é o professor Rupert, o único que possui a perspicácia de desconfiar do real motivo da festa.

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Ao contrário de muitos outros thrillers e noirs, o enredo de Festim Diabólico não se preocupa apenas com as revelações habituais do gênero que ao longo do filme serão desenvolvidas. Hitchcock está interessado em desenvolver dentro da psicologia a motivação e perversidade dos personagens. O filme faz um estudo da moral decadente do ser humano, cheia de justificativas filosóficas de Nietzsche e o roteiro de Arthur Laurents que aparenta ser bastante simples, desenvolve seus personagens de forma particularmente fascinante. Cenas brilhantes comprovam a singularidade do roteiro como a cena em que mostra Brandon presenteando o pai da vítima com uma penca de livros amarrados por uma corda, fazendo alusão ao estrangulamento cometido. Outra cena memorável é a cena onde todos os convidados da festa estão fora de quadro e empenhados em uma conversa depois do jantar, alheios ao fato de que lentamente, a empregada vai retirando os restos de comida, os castiçais e a toalha que cobria o baú que servia de mesa, criando uma tensão no espectador já que a qualquer momento ela poderia ter a curiosidade de abrir o baú.

Outro aspecto interessante é o artifício utilizado por Hitchcock para ilustrar a passagem de tempo. O filme se passa praticamente em apenas um cenário, a sala de estar do apartamento, que possui uma grande janela em vidro mostrando o horizonte da cidade, marcando assim a passagem do tempo do início ao fim da festa. E justamente por tudo acontecer dentro daquele único cenário, nós nos tornamos íntimos de tudo aquilo, como se fôssemos testemunhas ocultas acompanhando todos os passos daqueles personagens. A câmera de Hitchcock nos absorve naturalmente.

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Existe ainda a sugestão de que os dois estudantes assassinos são gays, algo ousado para a época do filme, mas que foi mostrado de forma sutil.  O longa (e a peça de 1929) é inspirado na verdadeira história do famoso assassinato ocorrido em Chicago em 1924, em que os amantes Nathan Leopold Jr. e Richard Loeb, ambos estudantes universitários, esfaquearam um garoto de quatorze anos de idade e jogaram ácido sobre o corpo dele, justificando o ato brutal de acordo com as teorias de Nietzsche de superioridade.
 
E as atuações de John Dall e Farley Granger estão formidáveis. Cada um exprime de formas diferentes suas personalidades perante o crime cometido por ambos. Enquanto o Brandon de Dall é o ser extremamente arrogante sem nenhum tipo de empatia e que se diverte com a preocupação dos seus convidados sobre o paradeiro da vítima, o Phillip de Granger é aquele que sempre está assustado e teme que o crime possa ser descoberto a qualquer momento. James Stewart aparece no primeiro de vários papéis da filmografia de Hitchcock. E aqui, quando entra em cena na pele do professor Rupert Cadell, ele rouba o momento para si, justificando o porquê dele ser um dos maiores atores do cinema. Para mim, ele foi um dos atores mais completos que existiu.

Festim Diabólico não é um dos filmes mais lembrados da carreira do grande Hitchcock, mas certamente deveria ser mais reconhecido. Ele continua sendo uma obra extremamente fascinante e envolvente. Suas qualidades técnicas somadas a suas críticas à idéias filosóficas questionáveis o tornam um filme essencial para os amantes da sétima arte.


Trailer do filme:


FICHA TÉCNICA:
Título original: Rope
Gênero: Thriller
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Arthur Laurents
Elenco: James Stewart, John Dall, Farley Granger, Joan Chandler, Dick Hogan, Edith Evanson, Cedric Hardwick, Constance Collier, Douglas Dick
Produção: Alfred Hitchcock, Sidney Bernstein
Trilha Sonora: David Buttolph
Fotografia: William V.Skall, Joseph A. Valentine
Direção de arte: Perry Ferguson
Duração: 80 min.
Ano: 1948
País: Estados Unidos

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Revisitando Filmes | A Rosa Púrpura do Cairo (1985)

1/17/2019

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Por Marília Duarte
Texto publicado originalmente em 2015 no nosso antigo blog.

Há um tempinho atrás decidi criar uma coluna especial com o objetivo de comentar filmes que de uma forma representam algo para mim e me fizeram ser aos poucos essa pessoa sempre sedenta por obras cinematográficas. E aqui estou finalmente colocando esta ideia em prática e a partir de hoje sempre que eu puder, publicarei na coluna “Revisitando Filmes” textos sobre filmes que me trouxeram a vontade de revê-los. Estarei revisitando obras de vários gêneros bem como de várias épocas e escrevendo sobre eles não como uma resenha crítica, mas sim como uma contemplação, destacando o que cada filme trouxe de especial para esse grande coração cinéfilo.

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    January 2019

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