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Clara dos Anjos

3/10/2019

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Autor: Lima Barreto
Editora: Ática

por Liz Frizzine

Desta vez, opto por uma obra clássica da Literatura Brasileira e, arrisco dizer aqui, que é pouco reconhecida a sua importância dada o conteúdo que demonstra a preocupação de Lima Barreto (13 de maio de 1881 - 1º de novembro de 1922) com a condição e aceitação social da população negra no Rio de Janeiro, no início do século XX. A obra, embora tenha sido concluída em 1922, foi publicada postumamente com a primeira edição apenas em 1948.
É bem difícil ler a obra e não sentir um quê de autobiográfico* no levantamento dessas questões em que se nota uma forte denúncia do preconceito que sofrem os negros e os mestiços deixando ainda mais evidente que a diferença de classes que segue aumentando com as mudanças políticas e modernização que emergem no Rio Janeiro na década de 20.
Clara dos Anjos — menina mulata pobre do subúrbio carioca — acaba, por intermédio dos amigos do pai, conhecendo Cassi Jones — um malandro de família mais abastada, um conquistador. Mesmo sendo avisada por seu padrinho sobre o caráter de Cassi, Clara se relaciona com ele.  Relacionamento esse que expõe o sofrimento infringido pela divisão de classe social imposta pela sociedade desse período. É durante a narrativa que o leitor acompanha tal sofrimento da protagonista que é seduzida e achacada por Cassi Jones e menosprezada pela família dele quando revela estar grávida.
O romance Clara dos Anjos retrata uma realidade do início do século XX e, mesmo passados quase 100 anos (93, para ser exato), o preconceito racial, a divisão de classes e o julgamento de um indivíduo considerando cor da pele e condição econômica, infelizmente, ainda ocorrem. Ou seja, ainda perdura um comportamento obsoleto, do século passado.

 
 * Segundo o historiador e critico literário Sergio Buarque de Holanda, é muito difícil “escrever sobre os livros de Lima Barreto sem incorrer um pouco no pecado do biografismo”.    
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