por Camila KaihatsuEntrevista com Naiane Nara A autora Naiane Nara, que participou de diversas antologias, falou para o CultEcléticos sobre seus projetos e experiências no mercado literário. O que lhe motivou a se tornar escritora? Quais autores lhe influenciaram? Quais os seus livros favoritos? R: Pode parecer clichê, mas minha mãe me contava histórias fantásticas antes de dormir, e isso acendeu em mim a chama da leitura. De tanto mergulhar nos mais variados mundos e me entregar a eles, em determinado momento eu quis criar os meus próprios mundos, embora nunca pensasse em mim como escritora de fato. Tenho dezenas de livros favoritos, mas certamente os que mais me marcaram foram: Senhora, Diva e Lucíola – José de Alencar, Brida e Nas margens de rio Piedra eu sentei e chorei – Paulo Coelho, A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, It – a Coisa, de Stephen King, Jantar Secreto – Raphael Montes, A moreninha – Joaquim Manoel de Macedo, A Ilíada – Homero, Otelo e Desdêmona - Shakespeare. Você participou de diversas antologias. Qual a importância dessas publicações para sua carreira literária? R: Acredito que principalmente por me deixar mais confiante de que o que escrevo não é só para mim, existindo um espacinho de pessoas lá fora que se identificam com isso. Certamente está me fazendo sair da casca da insegurança e produzir mais. Quem sabe quantas pessoas meus mundos podem tocar? Isso é certamente fascinante. Antologias permitem que o autor se aventure em diversos gêneros literários. Qual o seu favorito para escrever? R: Eu gosto muito de romance e terror. É difícil para mim um equilíbrio entre eles, então a maioria das coisas que escrevo tem um pouco dos dois. Gosto de pensar que estou fazendo um carinho no leitor para depois dar um soco no peito, com a guinada da história. Qual gênero que ainda não escreveu, mas que gostaria de escrever? Já tem planos para a publicação? R: Eu sou apaixonada por poesia, mas não gostei ainda dos resultados das minhas tentativas. Terei de me aprimorar muito antes de fazer experimentos em publicações. Em sua opinião, quais os maiores desafios do escritor independente? R: Para mim os maiores desafios são a motivação, manter a chama acesa e o sonho no pódio enquanto não temos quase nenhum incentivo e pouquíssimo tempo entre trabalhos e estudos para nos desenvolver mais como autores. Sabe, é complicado criar com uma rotina pesada, mas ainda assim, isso seria o menor dos problemas se houvesse um incentivo, mesmo que pequeno, das pessoas do nosso país. Nossos compatriotas tendem a supervalorizar produções de fora e desprezar as nacionais. Por isso é realmente difícil, faz pensar em porque continuamos lutando por um espaço. Quais são os seus planos para 2020? R: Quero me estabilizar financeiramente para que possa ter mais tempo para produzir. Sei que é uma tarefa árdua, mas darei o meu melhor. Tenho muita coisa boa na cabeça que não tenho tido tempo de desenvolver e não quero perder isso. Pretendo participar de mais antologias, e me dedicar ao meu livro sobre a Estrela da Manhã. Você também é membro do Clube dos Cinco. Fale um pouco da sua experiência nesse projeto. R: A experiência de estar no mesmo espaço do Clube dos Cinco é reconfortante. Me sinto em casa, e quero me dedicar mais e mais a esse projeto lindo. Se pudesse indicar apenas um livro para as pessoas lerem, qual seria? E por quê? R: Apenas um? Escolha tão difícil! Indicaria o Jantar Secreto, de Raphael Montes. É atual, surpreendente, verdadeiramente singular. Simples e tocante, é assustador pensar que pode estar acontecendo ali naquele blog que visitamos, ou na esquina de casa. Redes Sociais da Autora
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April 2020
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