por Camila KaihatsuEntrevista com Meg Mendes Meg Mendes é formada em Engenharia Civil e agora estudante de Letras, escreveu seu primeiro romance aos 15 anos, mas nunca o publicou. Ajudou na organização do projeto “Contos Coletivos”, faz parte do “Clube dos Cinco” e é membro da ABERST (Associação Brasileira dos Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror) desde julho de 2018. O que lhe motivou a se tornar escritora? Quais autores lhe influenciaram? Quais os seus livros favoritos? R: Quando eu era adolescente, imaginava existirem apenas dois tipos de livros, os clássicos e os infantis. Os primeiros ainda me eram muito complicados e eu não os entendia. E o segundo nicho já não me apeteciam. Ser adolescente sem toda a facilidade da internet não era fácil, eu não conhecia outros livros e na verdade nem sabia de suas existências, até o dia que minha mãe me deu o livro Crepúsculo. Na época eu tinha 15 anos e pensei que era um mundo novo. Para mim, foi o céu. Então pensei, “Ei, eu posso fazer isso também!”. Comecei a rabiscar minha primeira história em folhas de almaço. Minhas influências são: Anne Rice, Lewis Carroll, André Vianco, Charles Perrault, Hans Christian Andersen, Meg Cabot. E meus livros favoritos são em primeiro lugar os de Alice (ambos os livros), todo e qualquer livro com os Contos de Fadas originais, a saga Crepúsculo (sem ela talvez eu não seria o que sou hoje) e O Morro dos Ventos Uivantes. Como foi sua experiência na publicação de livros independentes? Quais dicas você daria para os autores que pretendem fazer uma publicação independente? R: Publicar de forma independente é um tanto solitário, no começo confesso que não sabia muita coisa sobre o mercado editorial e tinha muitas dúvidas, ainda tenho várias. Mas é um prazer participar de todas as etapas do processo, você tem certeza que sairá como quer, é você que está coordenando tudo. Claro que existe a incerteza de venda, “Será que eu consigo?”, mas percebi que esta incerteza é geral, não só para os independentes. Você participou de diversas antologias. Em sua opinião, qual a importância desse tipo de publicação para novos autores? R: Para mim, as antologias foram a porta oficial de entrada no mercado editorial. Participar delas te desafia de várias formas, escrever uma boa história com a extensão específica, com um tema delimitado pelo edital, isso faz com que exercite a escrita. Você pode passear por vários gêneros e conhecer os que te agradam mais. Conhece o processo de publicação das editoras e várias pessoas diferentes, sempre há uma troca de experiência muito boa. E o mais importante, o custo é bem menor que uma publicação solo. É uma ótima forma e se inserir no mercado. Você também organizou antologias. Conte-nos um pouco sobre sua experiência como organizadora. R: Eu acho uma loucura organizar antologias na mesma medida em que acho fascinante. Você tem responsabilidades maiores, pois os textos não são seus e você está lidando com o sonho de outras pessoas. É uma coisa muito delicada e exige sensibilidade. Entretanto, você entra em contato com a parte mais íntima dos autores, suas mentes. Sempre que eu leio um texto para avaliação, imagino o que passou na mente da pessoa para escrever aquilo, qual foi o processo de criação dela, esse tipo de coisa. Esse ano, você lançará a antologia “Aventuras no País das Maravilhas”. Como surgiu a ideia para esse livro? Fale para nossos leitores um pouco mais sobre a obra. R: Os livros de Lewis Carroll sempre foram meus favoritos e sempre senti necessidade de mais do universo de Alice, sempre encontrei releituras, mas ainda não era o que eu queria. Então decidi fazer minha própria antologia. Sempre fui fascinada pela história e era uma coisa que não existia, ninguém estava fazendo. Eu possuo um carinho muito especial pelo livro. A antologia reúne 29 autores, alguns iniciantes no mercado. Isso foi muito legal, eu gosto de saber que de alguma forma ajudei alguém a realizar seu sonho. E ainda, possui 5 ilustrações coloridas e 31 em preto e branco. Este foi o maior projeto que fiz. Você é uma escritora versátil que passeia por diversos gêneros. Há algum gênero que lhe agrada mais escrever? R: Sempre gostei muito de escrever fantasia e possuo certa facilidade. E também fantasia sombria. Quais são seus planos para 2019? R: Tenho algumas antologias para serem lançadas este ano. E estou trabalhando no meu segundo livro, ele foi o segundo livro que escrevi e quero publicá-lo ainda este ano. Se pudesse indicar apenas um livro para as pessoas lerem, qual seria? E por quê? R: Apenas um é muito difícil, mas eu indicaria “Alice no País das Maravilhas”. Este é um livro dito para crianças, mas possui uma complexidade de adultos. Tem críticas sociais e fantasia se interligando no enredo e nos mostra que sonhar é preciso. No dia 15 de junho, Meg Mendes lançará a antologia Aventuras no País das Maravilhas. Sinopse: Ao cair num buraco, Alice vive uma realidade complexa e enigmática. Mais que isso, trilha um caminho fantástico, num mundo que mais parece um sonho de fábula. A antologia Aventuras no País das Maravilhas busca retratar este reino mágico da forma mais sublime possível, resgatando o sentimento de sonhos infantis e de autoconhecimento. Não se há de negar que a pequena esteve neste reino, reafirmamos este ocorrido nos anos idos da jovem trazendo à tona memórias sublimes daquela época e construindo novas aventuras. Quantas vezes mais houve uma festa do chá ou um embate com a temida Rainha de Copas? Quais outras personalidades encontraram a porta secreta para o reino de fantasia e sonhos? Talvez netos ou bisnetos de Alice. Alice, Alicia, Analice, Andrew, Alisha, Edward, Regina, Rita, Jorge... Novas aventuras, novos personagens, novos reinos, novos amigos. Sejam todos bem-vindos ao País das Maravilhas! “Um dos segredos mais profundos da vida é que tudo que realmente vale a pena fazer é o que fazemos para os outros.” Lewis Carroll Para conhecer mais o trabalho da autora Meg Mendes: Fanpage: https://www.facebook.com/EscritoraMegMendes Site: http://www.megmendes.com/ Instagram: @meg_mendes
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